Sou tratado atualmente como um bebê. Já não ligo quando erguem minhas pernas e passam pomada nas minhas virilhas quando aparece uma assadura.
Me movem conforme seja melhor para mexer em mim. Geralmente, isso acontece depois do banho e minha esposa mexe nas minhas partes íntimas e a enfermeira de plantão é obrigada a assistir a cena.
Me dão comida na boca ou que consigo engolir. Geralmente, minha mãe faz uma comida pastosa para eu poder engolir. Eu não tenho controle do que é colocado na minha boca e o alimento passa direto pro meu estômago sem mastigar. Na verdade, eu amasso um pouco o alimento no céu da boca e engulo. Tudo de maneira involuntária. Sinto o gosto, tenho vontade de morder e mastigar, mas o corpo não obedece. Geralmente, minha esposa, minha mãe ou minha filha me dão comida. Os enfermeiros Evelyn e Guto também dão.
O engraçado é que minha esposa, mãe e filha vão me dar comida e se distraem com a televisão. Às vezes, nem é uma matéria interessante e eu fico de boca aberta esperando comida enquanto elas ficam prestando atenção na TV. A comida é me dada na boca, feito um bebê. Quando eu era normal eu comia muito bem e não recusava nada. Receber comida na boca e depender de outra pessoa para comer alguma coisa que você não escolheu para comer é uma coisa que nunca imaginei passar. Com 48 anos, ser tratado na boca é humilhante. Porém, ainda tenho minha família para ajudar. Sem eles, NADA seria possível.
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