DE REPENTE, LIS

A vida de Jefferson Silva diagnosticado com a Síndrome do Homem Encarcerado ou Locked In Syndrome (termo em inglês mundialmente conhecido pela sigla LIS)


Comer

Como eu tenho LIS, eu não me alimento sozinho e recebo comida na boca. Geralmente minha esposa ou minha mãe ou a enfermeira de plantão me dão. Minha filha Letícia também me dá, minha filha Julia não tem coragem.

A fonoaudióloga Michele tentou me dar pizza, mas eu não conseguia mastigar, assim eu engolia o pedaço inteiro, mesmo ela cortando o pedaço em partes bem pequenas, mas na minha cabeça era de terminar a pizza em três bocadas, tamanha era a vontade. Eu adoro pizza! Deixei a pizza inteira sem conseguir comer. Não era uma pizza grande e recheada, mas o fato de não conseguir comer me deixou muito abalado.

A Michele era bem querida. Porém, não continuou.



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